sábado, 10 de abril de 2010

AGRESSIVIDADE NA SALA DE AULA/ESCOLA

AGRESSIVIDADE NA ESCOLA



Quando o aluno agride o professor, ele pode estar respondendo a variadas situações. O aluno pratica atos agressivos em determinadas circunstâncias e é muito perigoso generalizar as causas da agressão, pois cada caso deve ser analisado por si, isto é, ‘cada caso é um caso’. Vejamos. A indisciplina pode ser usada como:
a) Recurso contra o autoritarismo: o aluno pode estar reagindo a uma agressão, explícita ou velada, do professor. A agressão do professor pode se manifestar de diferentes formas: uma palavra ameaçadora, um olhar cruel ou de menosprezo, uma humilhação frente à classe, um ignorar ou ridicularizar um trabalho, uma manifestação de preconceito ou de desprezo, enfim, todo tipo de atitude que o aluno sinta como falta de respeito, como tentativa de interferência em sua liberdade para ter sua própria opinião, expor suas razões e desenvolver sua autonomia. Tudo o que leve o aluno a temer o ridículo e a sentir-se com uma auto-imagem desqualificada, pode provocar a agressividade. Se o professor é injusto, o aluno sente-se agredido.
b) Expressão da falta de autoridade: a falta de autoridade demonstra insegurança por parte do professor e o aluno fica sem parâmetros para conduzir-se.
c) Transferência para o professor de problemas referentes a outros adultos significativos: quando a criança chega à escola, ela traz toda uma experiência relacional que adquiriu na família. Ela traz idealizações sobre o adulto formadas em suas relações primordiais com seus pais. Essas relações primordiais transformam-se em protótipos das demais relações sociais e são reeditadas na sala de aula. As imagens parentais, ou seja, imagens formadas dos adultos com base nas relações primordiais com os pais, se negativas, jogam culpas sobre o professor, culpas essas que pertencem a figuras internalizadas de adultos significativos. Nesse caso há um deslocamento da agressão da figura materna ou paterna para o professor, adulto que representa aquelas figuras, talvez de forma menos ameaçadora, uma vez que os laços são menos intensos e angustiantes.
d) Perturbações do clima familiar: a atitude relacional da criança na escola pode estar sendo afetada por situações que perturbem o clima familiar, tais como, luto, divórcio, nascimento de um irmão, choque sexual e outras.
Vale ainda ressaltar a diferença de atitudes e expectativas entre a criança e o adolescente. A criança até por volta dos dez anos tem maior tendência a uma submissão afetuosa. Ao entrar na puberdade, a hostilidade é utilizada de forma mais agressiva, pois a necessidade de afirmação suscita sentimentos de oposição em relação ao adulto. Faz parte dessa fase de crescimento a renúncia à atitude de submissão da primeira infância. A rebeldia pode ser explicada como dificuldade em romper laços profundos criados na infância. A revolta do adolescente, que significa necessidade de crescer e auto-afirmar-se, é mais saudável que a submissão passiva. Para não demonstrar sua insegurança, o adolescente comporta-se de modo oposto. Isto é, quanto mais inseguro, mais arrogante e agressivo ele se mostra. Ao estabelecer-se na adolescência, por volta dos quatorze ou quinze anos (idade que corresponde ao período das operações formais na teoria piagetiana), os juízos do aluno em relação ao professor se tornam mais nítidos. O adolescente tenta justificar mais seus sentimentos e racionalizar seus juízos.
De qualquer forma, se o professor extravasa toda sua hostilidade, não consegue diferenciar-se dos alunos. Se o professor sente a agressão como pessoal, se ele corresponde a ela e reage como se a criança fosse um adulto, ele confirma a imagem internalizada do mau adulto que a criança formou em suas relações primordiais.
Caso o professor consiga distanciar-se da situação e dar suporte à agressão do aluno, poderá ensinar-lhe outras formas de atuar. Na verdade, o professor poderia perguntar-se: a quem agride essa criança quando me agride? Por que me incomoda essa agressão? As respostas a essas perguntas poderiam esclarecer muitas situações.


Texto elaborado por Ana Maria Falsarella


Fonte: http://psicopedagoclieduc.blogspot.com

ORIENTAÇÃO À FAMÍLIA

MEU RECADO AO PAPAI E À MAMÃE



01 – Perguntem-me o que fiz na escola, encorajem-me sem insistir, para que eu conte algo, mostrem um interesse sincero por tudo o que eu relatar.

02 – Não desanimem se eu ainda não fizer muita coisa, não caçoem dos meus enganos, valorizem antes, o esforço que eu desprendi.


03 – Falem da minha Escola, com carinho.



04 – Sejam bondosos com a minha professora, digam-lhe o que ela precisa saber para compreender-me melhor.



05 – Ensinem-me uma frequência assídua, ajudem-me a chegar pontualmente e mandem uma justificativa quando realmente eu tiver que faltar.



06 – Não deixem de ir me apanhar na hora certa, pois se eu me sentir abandonado, posso ficar com medo de voltar à Escola.



07 – Sempre que possível, esteja um de vocês em casa, quando eu voltar da Escola.



08 – Dêem-me um lugar para eu guardar meu material, permitam que eu assuma as minhas primeiras responsabilidades.



09 – Procurem com frequência a minha Escola para saber o que eu estou aprendendo, como funciona o ambiente que me cerca.



10 – Dêem-me Orientação Religiosa.



11 – Ensine-me a enfrentar as asperezas do caminho com muita coragem e fé.



12 – Não façam comparações entre o meu progresso e o do vizinho, ou do meu irmão mais velho.


13 – Lembrem-se de sou um pequeno indivíduo com as minhas próprias características.






Autor desconhecido




Fonte: http://psicopedagoclieduc.blogspot.com

DISLEXIA II

DISLEXIA I